Irrradiaçao terapeutica

TEMA MONOGRAFIA: IRRADIAÇÃO TERAPEUTICA

Salienta Sousa; Dib, 2003, que grande quantidade de variáveis pode afetar o resultado do tratamento de reabilitação com implantes: método da radioterapia, dose de radiação, intervalo entre a radioterapia e a cirurgia dos implantes, localização e a qualidade óssea, tipo de implante, intervalo entre a colocação do implante e a conexão protética, condições de carga, o estado de saúde do paciente, hábitos como o tabagismo e o etilismo (Keller, 1997; Espósito, et. al., 1998; Sennerby, Roos, 1998). O uso da radiação ionizante como método de diagnóstico na Implantodontia tem sido desencorajado devido à possibilidade de ocorrerem efeitos deletérios na cicatrização e remodelação óssea ao redor dos implantes (CREPALDI; REZENDE, 2002). Dessa forma, assinala Souza; Dib, 2003, que a irradiação pode produzir alterações agudas e tardias nos tecidos. Os efeitos agudos afetam estruturas como glândulas salivares, pele, mucosa oral e nasal, já os efeitos tardios são decorrentes de alterações no tecido ósseo. As principais alterações dos tecidos moles são a xerostomia, dermatite e mucosite. A desmineralização do osso, fibrose reparativa, aumento da suscetibilidade a infecções e a necrose avascular são características das reações tardias (Sugimoto, et. al., 1991; Suntharalingam, 2000). Embora alguns estudos já tenham sido realizados objetivando esclarecer como esse processo se daria, os resultados ainda são inconclusivos e controversos (CREPALDI; REZENDE, 2002). É sabido, no entanto, que outros tipos de radiação ionizante podem causar alterações teciduais e celulares como complicações para a cicatrização e predisposição à osteorradionecrose (CREPALDI; REZENDE, 2002). Por sua vez, conforme atesta Souza; Dib, 2003, vários autores relataram diminuição significativa da taxa de sucesso dos implantes quando estes são colocados em osso irradiado, comparado ao osso não irradiado sem a utilização da