Ipv6
Este artigo tem por objetivo, demonstrar como implementar a tecnologia IPv6 através da técnica de transição de pilha dupla (Dual Stack), descrita neste artigo através da utilização do programa GNS3 utilizando uma topologia composta por cinco roteadores.
2. Origem do IPv6
Inicialmente a internet foi projetada para pequenas redes, principalmente acadêmicas. Porém 10 anos mais tarde, em 1993, o crescimento ocorreu de forma exponencial com o uso da internet para fins comerciais. Nesta época já estava em funcionamento o IPV4, que está em vigor atualmente, trabalhando com 32 bits que representam 4.294.967.296 endereços IP. No início a distribuição foi realizada de forma equivocada de endereços causando então o desperdício de endereços IP. Empresas como Microsoft, HP, Aplle e diversas outras receberam um IP classe A, que significa 16 milhões de endereços IP, ou seja, muito mais endereços do que o necessário.
Atualmente com o desenvolvimento tecnológico ocorrendo de forma cada vez mais rápidas o esgotamento de IP está sendo agravado visto que dispositivos móveis, rede wireless e a facilidade para contratar uma banda larga estão consumindo de forma rápida os endereços IP ainda disponíveis.
Com esta visão que os endereços IPV4 tinham prazo de validade para acabar, começou a ser desenvolvido o IPV6 (originalmente chamado de IPng - IP the next generation, a principal evolução encontrava-se no número de bits utilizados, saltava de 32 bits no IPV4 para 128 bits no IPV6. O espaço de endereçamento do IPV6 é de 79 trilhões de trilhões de vezes o espaço disponível no IPV4. Outros aspectos que foram melhorados com o IPV6 foram a mobilidade, segurança e qualidade de serviço.
3. Como Funciona
O IPv6 utiliza um endereçamento de 128 bits escritos em hexadecimal e, assim como o IPv4, é um protocolo orientado a dados. Possui duas partes principais, o cabeçalho que têm 40 bytes de tamanho, e o “payload” onde ficam os dados dos usuários [1]. No seu cabeçalho