Investimentos
16/03/2012
Por Flávio Crosara Costumo dizer que a melhor parte de qualquer viagem, seja à trabalho ou lazer, é chegar de volta em casa. Pode ser o passeio dos sonhos, aquele lugar paradisíaco, mas mesmo assim nos deixa mortos de saudades de casa, da família, da comida, da cama, etc.
Foi pensando nisso que percebi que a falta que sentimos é de nós mesmos, daquilo que construímos durante toda a vida e que no final fica a nossa cara, nossa personalidade. Imagine ir a um restaurante refinado que te indicaram e pedir ao Maitre o melhor prato da casa. Ele prontamente sugere um Samundari Khazana e te informa que pela bagatela de algo próximo a R$ 6.000,00, você terá uma refeição inesquecível. Mesmo achando um valor bastante elevado para um prato individual, você resolve enfrentar o anjinho no seu ombro direito e diz sim ao Maitre. Alguns minutos depois chega seu prato que parece mais um devaneio artístico. Passado o susto, mas antes da primeira garfada, você resolve ter a curiosidade de perguntar os ingredientes. Imediatamente o garçom (já de olho nos 10%) lhe diz que aquela fantástica iguaria inclui caviar, escargots, lagosta, trufas, fios de ouro comestível e hortelã.... lamento, já não cabe mais o arrependimento...
Tenho visto exatamente isso quando falamos de investimentos. Quando tem um dinheiro sobrando, o cliente vai normalmente ao banco e pergunta ao gerente qual o melhor investimento da casa. Imediatamente o gerente oferece um Título de Capitalização, fundo XPTO (do próprio banco obviamente) ou outra coisa do nível, dizendo que é um excelente produto e que você ficará muito satisfeito. Confiante no que foi dito o cliente compra este produto e espera ansioso pelo resultado. Finalmente chega o dia do resgate, o cliente vai contente à sua agência, tira o extrato e fica deprimido quando vê o ínfimo rendimento (se é que é positivo). Vai ao mesmo gerente e ele explica que o problema foram algumas “pequenas” taxas