Inven es da 1a guerra
Caças e bombardeiros
Quando a guerra começou, aviões pareciam pipas motorizadas, precariamente mantidas por cabos. Nos primeiros meses, eram usados apenas em funções de reconhecimento, decolando desarmados, ou lançando bombas com as mãos. Os pilotos confrontavam os inimigos com acenos e sorrisos – os mais agressivos jogavam granadas ou usavam pistolas, sem efeito. A era da inocência acabou em 5 de outubro de 1914, quando o francês Joseph Fantz adaptou uma metralhadora a seu biplano Voisin, derrubando um avião alemão. Ao fim do conflito, bombardeiros como o Handley Page V/1500 eram capazes de levar mais de 3 toneladas de bombas de Londres a Berlim, e o caça Airco DH.4 americano voava a 230 km/h, 100 a mais que no início da guerra e quase 50 a mais que os melhores aviões alemães. Divididos em caças e bombardeiros, aviões se tornariam parte central de qualquer guerra.
Máscaras de gás
A imagem da Primeira Guerra é indissociável das máscaras de gás, uma defesa desenvolvida pelos britânicos em 1916, e hoje fundamental em laboratórios e na indústria. Durante o confronto, ambos os lados usaram armas químicas, que causaram quase 90 mil mortes. Os franceses tomaram a iniciativa, usando bromoacetato de etila – um tipo de gás lacrimogêneo – logo no início, em agosto de 1914, ao que a Alemanha reagiu em outubro, também com um agente não letal. No ano seguinte, seriam usados agentes letais, como cloro e fosgênio. A partir da década de 1920, o gás lacrimogêneo passou a ser usado pela polícia para conter multidões – e a máscara, pelos rebeldes mais preparados.
Tanques
Estreando em 1916, com o Mark I britânico, os tanques foram feitos para desempatar a situação das trincheiras. Por anos, o front se manteve quase imóvel, com ofensivas gigantescas terminando em avanços pífios. Os tanques, imunes a metralhadoras e armas leves, podiam avançar e, com suas lagartas, cruzar as trincheiras inimigas e dar espaço para a infantaria. Foram um dos trunfos que permitiram a vitória