introdução a letiura de platão
1639 palavras
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Introdução à leitura de Platão Alexandré Koyré divide esta Introdução em duas partes. Na primeira, tomando como Exemplos o Ménon, o Protágoras e o Teeteto, analisa a subtil composição do diálogo socrático como texto dramático que constantemente pressupõe a existência de um personagem ausente, o leitor-ouvinte. Na segunda parte, á estudada a república, sublinhando-se a paradoxal atualidade dos problemas fundamentais, nela discutidos por Platão.
Antes de analisarmos a primeira parte , que sãos os diálogos , ele primeiramente fala sobre o dialogo. Diz- nos que nos diálogos de Platão há questões perturbantes , como por exemplo : o que é a virtude ? o que é a ciência ? _________________ Questões que deixam o leitor contemporâneo e o leitor de outrora numa situação muito desconfortável , pois o leitor gostaria de respostas e na maior parte dos casos é o contrario que ocorre . E coloca o leitor numa situação de ignorância que ele não admite ocorrer .
Essa ausência de conclusão traduz uma vontade de não chegar a qualquer conclusão antes primeiro ter eliminado as mais comuns conclusões e as caricaturas mais frequentes .
Com feito , Platão não teve a intenção que a filosofia fosse acessível a todos , ensinou o contrario , por isso as dificuldades dos diálogos ( há necessidade de um esforço pessoal para o entendimento ) , isso para Platão não é algo ruim mas sim uma vantagem para separar quem compreende de quem não compreende .
Os dialogos tem um ensinamento , porém esse ensinamento não é doutrinal ( uma lição do método ) , é ‘’ Sócrates ensina-nos o uso e o valor das definições precisas dos conceitos empregues na discussão e a impossibilidade de os chegarmos a possuir sem proceder previamente , a uma revisão crítica das noções tradicionais , das concepções > , recebidas e incorporadas na linguagem ‘’
Nos diálogos a discussão parte de uma definição proposta por um interlocutor, Sócrates finge a surpresa, pormenoriza a definição, tira daí conclusões