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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar a problemática da exclusão social dos presos e analisar uma alternativa que possibilite a reintegração à sociedade através do método implantado pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC). Mais especificamente, este trabalho deseja analisar, na perspectiva dos recuperandos, a aplicação do método da APAC na unidade em funcionamento em Pouso Alegre. O método da APAC é uma espécie de presídio humanista, no qual valoriza-se a pessoa humana e se busca resgatar a sua dignidade. Este sistema alternativo surgiu da idealização do Dr. Mario Ottoboni, convencido de que não basta prender os infratores, mas é necessário recuperá-los. Outra certeza que moveu Dr. Ottoboni era a de que todo ser humano é maior que seu erro. Embasado nestas convicções, na década de 70, surgia a primeira Apac e, no decorrer dos anos, foram se espalhando pelo Estado de São Paulo e, hoje, encontra-se presente em diversos estados brasileiros e, inclusive, no exterior. A concretização do sonho de criar uma instância da APAC em Pouso Alegre é recente e contou com o apoio das autoridades do Poder Judiciário, que não mediram esforços para, jutamente com outras parcerias, tornar este sonho realidade. No fundo, a motivação que fez nascer esta idéia foi a constatação da ineficiência do sistema convencional de prisão, que apresenta baixo índice de recuperação e alto índice de reincidência no crime. Ou seja, este novo método quer se configurar como uma tentativa de superar ou, pelo menos, amenizar o problema da exclusão social, que assola o país. Acompanhado desta problemática da exclusão, tem-se também o aumento do índice de violência. A todo instante, presencia-se, nos meios de comunicação, reportagens sobre situações bem diversificadas que ferem a harmonia social. Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. Hoje, o país tem altíssimos índices de violência urbana