Introdução ao sql
Introdução ao SQL
Autor João Ranito
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Introdução ao SQL
1. Perspectiva histórica
Durante muito tempo, os sistemas de informação foram implementados recorrendo a ficheiros e programas feitos especificamente para resolver um determinado problema. A estrutura interna do ficheiro tinha que ser conhecida por todos os programas e estes eram muito pouco flexíveis, sendo necessário fazer um novo programa cada vez que se queria ter uma perspectiva diferente dos dados (ex.: ver artigos por nome ou por código, etc.). Por outro lado, a maneira como os dados eram armazenados em disco, fazia com que certos métodos de acesso, normalmente pela chave, fossem extremamente eficientes e qualquer outro método de acesso fosse impossível (ex.: em sistema antigos, a informação sobre um dado cliente está associada a um número e só é possível recuperá-la sabendo o número). Para cúmulo, quando o formato do ficheiro mudava (ex.: acrescentar um campo ou alterar o tamanho de outro), todos os programas tinham que ser revistos, alterados e recompilados! Por estas razões todas, foi-se tomando necessário o aparecimento de ferramentas (sistemas de gestão de bases de dados), sé possível com alguma base matemática, para aliviar o trabalho de quem desenvolvia sistemas de informação. No início dos anos 70, houve uma série de pessoas que se dedicou a estudar o problema e a propor soluções. Dessas, aquela que mereceu maior apoio e sucesso, foi a proposta por Codd: o modelo relacional.
2. Modelo relacional
O modelo relacional tenta resolver a maior parte dos problemas mencionados em cima (e também mais alguns não mencionados ... ) recorrendo a um ramo da matemática que é extremamente simples e poderoso: a teoria de conjuntos. No modelo relacional, os ficheiros são encarados como relações (conjuntos) e os registos são encarados como n-úplos (elementos de conjuntos), o que permite operar sobre relações (ou tabelas), e referir valores dos n-úplos (campos de registos),