INTRODUÇAO

INTRODUÇÃO

Nos anos 90, se verificou a inviabilidade da proposta conservadora de Estado mínimo, sendo necessário, portanto, a reconstrução do Estado. Tal reconstrução, porém, envolve quatro problemas: O primeiro diz respeito a um problema econômico-político: a delimitação do tamanho do Estado pela qual está envolvida a ideia de privatização, publicitação e terceirização.; O segundo também é econômico-político, mas que merece tratamento especial: a redefinição do papel regulador do Estado; O terceiro problema é um econômico-administrativo: a recuperação da governança ou capacidade financeira e administrativa de implementar as decisões políticas tomadas pelo governo; e, por último, teremos um político: o aumento da governabilidade ou capacidade política do governo de intermediar interesses, garantir legitimidade, e governar.
O artigo de Bresser partirá da premissa de que o Estado é fundamental para promover o desenvolvimento, bem como uma maior justiça social, como deseja a esquerda, e não apenas necessário para garantir o direito de propriedade e os contratos como quer a direita neoliberal.

CRISE E REFORMA

A grande “Crise e Reforma”, nos anos 80, houve uma grande crise do modo de intervenção do Estado no econômico que resultou na redução da taxa de crescimento dos países centrais e levou ao colapso os regimes estatistas do bloco soviético. Pode-se dizer que a coordenação do sistema econômico no atual capitalismo não se dá apenas por parte do mercado, mas também pelo Estado. Assim, quando há uma crise sua origem pode ser encontrada ou no mercado, ou no Estado. Por exemplo, a grande depressão da década de 30 decorreu do mau funcionamento do mercado e a grande crise da década de 80 decorreu do colapso do Estado social do século XX.
O Estado moderno ao mesmo tempo que é importante para manutenção do mercado, a medida que garante o direito à propriedade, é também seu concorrente porque cabe a ele o papel permanente de orientar a distribuição da renda,