Intertextualidade com base no texto "E agora José" de Carlos Drummond de Andrade
Após fazer a leitura do capítulo 4, pude constatar diversas intertextualidades entre os textos do exercício. Os textos 2 e 3 se relacionam ao primeiro, o poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade em trechos como em “A festa acabou?” no texto 3, e na estrutura semelhante à de “José” no texto 2.
Existem, ainda, intertextualidades com outros textos nos dois casos. O texto 2 se relaciona com Sherlock Holmes, personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle, no verso “Elementar, elementar”, expressão muito utilizada pelo personagem dos romances policiais. Além disso, existem menções a Michel Camdessus, ex-diretor do FMI, e Pedro Malan, ex-Ministro da Fazenda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Malan era conhecido por sua firmeza e daí o verso “O Malan não amoleceu”. Ele está ligado a Camdessus por terem negociado a reestruturação da dívida externa brasileira na mesma época em que Camdessus era diretor do FMI. Dessa forma, ambos fazem parte do contexto histórico em que foi escrito o poema “Um novo José”.
No texto “E agora José?”, do Frei Betto, pode-se inferir a partir das menções à PT e corrupção que o José a que as perguntas do texto são direcionadas (“A festa acabou? Não há mais PT?”) é José Dirceu, ex-Ministro-Chefe da Casa Civil e mentor do Escândalo do Mensalão. O autor cita, também, outros casos de corrupção, como na antiga União Soviética e na Nicarágua, a fim de reforçar sua opinião. Existe intertextualidade com a última entrevista de Antonio Callado à Folha, aos ditados populares “farinha do mesmo saco” e “Tudo como dantes no quartel d’Abrantes” e à Mario Quintana. As intertextualidades explícitas nesse texto servem para reforçar a sua posição diante da reação do povo brasileiro aos escândalos políticos da época. Por exemplo, ao citar o trecho onde Antonio Callado diz que “perdera todas as batalhas”, ele procura voltar-se para as vitórias. Com isso, ele procura um