Interface Historica da Arquitetura
Uma das principais características da arquitetura é o seu caráter multidisciplinar e interdisciplinar. Tanto a atividade projetual arquitetônica, quanto a execução do objeto, necessitam para o seu desempenho, uma formação que abranja diversas áreas do conhecimento humano, pois constituem síntese das diversas variantes envolvidas.
Enquanto observamos uma progressiva valorização da especialização, ou do olhar específico, em outras áreas, como a medicina e a engenharia, a arquitetura mantém ainda o seu caráter genérico. É lógico que em qualquer atividade humana há a necessidade de ambos os olhares, no entanto, a predominância de um sobre o outro pode ocorrer devido a especificidade da área ou de uma determinada situação. No caso da arquitetura, o olhar genérico é predominante e engloba o específico.
A necessidade de equacionar variantes já se faz presente desde a etapa do projeto. Há de se levar em consideração quando da elaboração da proposta, o clima, topografia, tipo de solo, orientação solar, ventos dominantes, legislação específica, cultura local, condições econômicas, sistema construtivo e os anseios do solicitante do projeto. Em um segundo momento o arquiteto equaliza o projeto arquitetônico com os projetos complementares e na fase da construção da edificação, gerencia o processo de execução.
Os verbos utilizados para classificar as etapas da produção de arquitetura; equacionar, equalizar e gerenciar; demonstram com clareza a condição multidisciplinar e interdisciplinar da arquitetura. Dentre as diversas interfaces que a arquitetura estabelece, ou deve estabelecer, com outras áreas do conhecimento humano, destacaremos aqui, a histórica. A interface da arquitetura com a história pode se apresentar sob diversas formas, relacionadas com as nuances da abrangência histórica, com a identidade, a memória e a contextualização.
No tocante ao aspecto da identidade, a arquitetura pode abranger as várias