INTERDICIPLINAR BULIMIA

BULIMIA
INTRODUÇÃO

A mídia e o imaginário coletivo parecem estabelecer uma estreita relação entre a forma do corpo e a saúde, como se todos os regimes, dietas, exercícios físicos pudessem ser utilizados no sentido do indivíduo cuidar-se melhor, tornando-se mais saudável. No entanto, na última década, os casos de transtornos alimentares proliferaram, principalmente os quadros de bulimia, anorexia nervosa e obesidade, criando-se ambulatórios de saúde específicos para o tratamento médico e psicológico (RITA ROMARO).
Nas sociedades contemporâneas, de acordo com BEUMONT e col (1990), a maioria das mulheres tem preocupações com peso, aparência e fazem dieta restritiva, em algum momento da vida, porque deseja ser mais magra do que é.
Nos últimos tempos, a valorização excessiva da forma do corpo e do peso tem levado muitas pessoas, em especial as mulheres, a fazerem demasiados sacríficos em prol da beleza que podem prejudicar a saúde, com dietas radicais, que cortam carboidratos, e exercícios físicos em excesso, com a ideia de conseguirem o corpo ideal em pouco tempo.
Antes de começarmos a falar sobre o transtorno alimentar, a bulimia, é importante entender que o alimento para o ser humano, não é apenas um “combustível”. Os alimentos são sim nossa fonte de energia e de nutrientes e sua correta ingestão deve ser um fator a ser observado. Porém o homem também tem uma relação emocional e social com o alimento, já que a alimentação se inicia nas relações primárias mãe-bebê, e que acompanha o indivíduo por toda sua vida.
Contudo, toda essa batalha contra a balança de forma precipitada e sem acompanhamento médico, pode resultar na bulimia nervosa, uma doença que consiste na compulsão de alimentos, seguidas da aplicação de técnica para eliminar as calorias consumidas em excesso, por meio de vômitos, uso de laxantes, diuréticos ou enemas e não fazem dietas ou exercícios físicos.
A bulimia nervosa é o quadro mais prevalente (1-4% em mulheres jovens – CORDÁS.1995). Suas