Interacionismo no carnaval de salvador
O interacionismo é a corrente sociológica que tem como base a teoria de que se deve analisar o reflexo do mundo exterior no mundo interior dos indivíduos, a partir da interação destes com a realidade.
Dessa forma, podemos analisar o Carnaval de Salvador do ponto de vista microssocial interacionista, observando a individualidade dos sujeitos e sua interação com os demais.
Segundo Vygotsky, para que o indivíduo se constitua como pessoa, é fundamental que ele se insira num determinado ambiente cultural, de forma a acontecerem mudanças no seu desenvolvimento.
A maior festa do planeta traz em seus diversos compartimentos (blocos, camarotes, “pipocas”, circuitos alternativos), toda aquela diversidade que caracteriza a Bahia. Nessa diversidade, pode-se observar a diferença em cada um. As pessoas saem pelas ruas com as mais diversas fantasias e alegrias, levando sua individualidade para o conjunto, interagindo entre si e construindo a obra final.
A característica da folia e da expressividade do povo de Salvador, conhecida mundialmente, foi formada através da imagem da junção das identidades únicas de cada componente da festa. Ao mesmo tempo, pode depender do indivíduo gostar ou não, visto que muitos viajam ou procuram locais mais tranqüilos na cidade.
Desse modo, pode-se dizer também que as intenções e decisões de cada ser influenciam no resultado final, visto que a partir do momento que um único individuo vai pras ruas com o objetivo de bater, assaltar ou matar, o contexto todo é alterado, mudando a idéia original do acontecimento.
Ao final, se analisarmos o carnaval de modo a enfocar o capitalismo, veremos que os indivíduos participantes da festa e seus contextos de consumo são estudados pelos grandes “proprietários da folia”, de modo que suas preferências se tornam os objetos centrais do setor de marketing. Isso é devido ao fato, de que, certo ou errado, o carnaval é na verdade um produto de