inteligencia artificial
Quem não é especialista na área de informática, ao ouvir falar em Inteligência Artificial, ou IA, tende a pensar em algo futurístico, digno dos melhores clássicos de ficção científica, imaginando máquinas sencientes e autoconscientes, supostamente capazes de superar em praticamente tudo o ser humano. Mas a realidade da IA não é apenas esse pináculo tecnológico sonhado tanto por escritores quanto por pesquisadores.
Nesse começo de século XXI, a IA é algo muito mais comum e corriqueiro do que pode parecer ao leigo incauto e desavisado.
O objetivo do presente trabalho é oferecer uma apresentação da IA para leigos em informática, traçando um pequeno circuito técnico-histórico na tentativa de alcançar uma definição aceitável (mesmo que insuficiente) e uma delimitação da abrangência dessa expressão.
Cabe ainda adiantar aqui uma distinção: quando se fala de IA, pode-se estar referindo à dita IA "pura", que seria a capacidade de processar conhecimentos e chegar a conclusões, ou aos "indícios" de IA, em que sistemas automáticos são capazes de tomar certas decisões pré-programadas. Ambos os casos serão brevemente abordados no discorrer do trabalho.
Um Pouco de História da Computação
Segundo as definições de grandes autores de manuais de Informática, a IA "pura" seria classicamente um atributo dos computadores de quinta geração. Para compreendermos o que isso significa, é interessante termos uma branda noção de quais foram as gerações anteriores:
· Primeira Geração: computadores construídos com válvulas a vácuo, como o ENIAC, o EDVAC etc. Não possuíam sistema operacional. Faziam tarefas específicas, determinadas por meio de um sistema de programação mecânica manual antes de cada operação.
· Segunda Geração: computadores construídos com transistores, em geral de germânio (não-sólido), permitindo grande miniaturização. Nesses modelos surgiram os primeiros rudimentos de sistema operacional.
· Terceira Geração: