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Trocadilhos, enigmas e parábolas
Moisés correu em favor dos filhos de Israel porque queria que Deus perdoasse o pecado deles. Porém, a misericórdia de Deus não dependia da correria de Moises e nem da sua vontade. O ponto nevrálgico da correria e da vontade de Moisés é verificável na sua oração: - “Agora, pois, perdoa o seu pecado, se não, riscame, peço-te, do teu livro, que tens escrito”!
Para interpretar um texto é essencial uma boa leitura. Com relação à bíblia não é diferente, pois uma interpretação segura e fiel só é possível através de uma boa análise, e para isso é necessário observar algumas regras. Para uma boa leitura da bíblia é essencial analisar qual o público alvo dos ensinamentos de Cristo. Por exemplo: alguns ensinamentos de Jesus foram feitos em particular, com os seus discípulos, porém, em alguns momentos, o ensinamento tinha por publico os escribas e fariseus, e em outros momentos a multidão.
Após se inteirar qual é o publico alvo da mensagem, não podemos esquecer um alerta de Marcos: “E sem parábolas nunca lhes falava; porém, tudo declarava em particular aos seus discípulos” ( Mc 4:34 ). Quando Jesus falava aos discípulos em particular, geralmente explicava o sentido das parábolas e dos enigmas propostos à multidão, porém, é imprescindível considerar que, à multidão Jesus só falava utilizando parábolas.
Além das parábolas, também é necessário considerar os enigmas. Cada parábola possui um enigma específico, que antes de ser interpretada, primeiro é necessário desvendar o enigma. Lembrando que os enigmas propostos nas parábolas, essencialmente, referem-se a algo já abordado pelos profetas, salmos e a lei “Abrirei a minha boca numa parábola; falarei enigmas da antiguidade” ( Sl 78:2 ).
Observe que falar por enigmas ao povo já era uma prática antiga “Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a semelhança do