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A profecia e o movimento profético ocupam lugar de destaque no estudo das Escrituras, variando de perspectiva entre o Primeiro e o Segundo Testamento. Não obstante, analisaremos de modo breve e sucinto suas variantes, tendo em vista que no Antigo Testamento ela desenvolve-se de modo distinto daquele sob o qual se apresenta no contexto neotestamentário, sendo que, no primeiro caso ocorre sob a condição de ministério profético com funcionalidades específicas, já no segundo, sob a qualificação de dom concedido a igreja para o serviço de exortação, consolação e edificação (1Coríntios 14.3).
A profecia no contexto veterotestamentário
A profecia no contexto veterotestamentário está indissociavelmente ligada a pessoa do profeta. Logo, a conotação que se atribui a este, por vezes se torna equivocada, pois, o termo “profeta” por descuido se tornou um equivalente sinonímico de “vidente”, isto é, aquele que se restringe a fazer previsões a respeito do futuro ou que simplesmente revela coisas ocultas, porém, este é um conceito equivocado adotado por nós ocidentais e tal ideia se deve a influência exercida pela cultura grega, inclusive, sobre o pensamento não oriental.
A palavra profeta, por sua vez, lança suas raízes sobre o vocábulo hebraico “nâbhî”, o qual significa nada mais nada menos que “aquele que anuncia a mensagem de outrem”. Portanto, o profeta no contexto veterotestamentário era considerado o porta voz oficial do próprio Deus, a quem competia a responsabilidade de anunciar a Palavra e a Vontade do Todo-Poderoso ao povo. Deste modo, o profeta era a pessoa escolhida e usada por Deus para transmitir sua mensagem e seus desígnios, isto é, a profecia em foco.
Todavia, sobre a profecia no Antigo Testamento compete dizer que consistia não somente em mensagens relacionadas ao tempo futuro,