Inocação, tecnologia e desenvolvimento
O capitalismo, nos moldes atuais, surgiu quanto sistema econômico por meio de revoluções políticas e tecnológicas durante o século 18, trazendo grande impacto no modo de produção e dando início a chamada revolução industrial na Inglaterra. Logo se firmou como um sistema baseado na propriedade privada dos meios de produção, no lucro, nas decisões quanto ao investimento de capital feitas pela iniciativa privada, e com a produção, distribuição e preços dos bens, serviços e mão-de-obra afetados pelas forças da oferta e da procura.
A conhecida Revolução Industrial, marcou a aceleração de desenvolvimento tecnológico, fundamental para a realização e consolidação de sua unidade produtividade típica, a saber, a empresa de capital privado. O aumento da produtividade passou a ser o ponto crucial da produção. Isto porque, quanto mais se produz mais se consegue vender e, portanto, mais se realizam lucros, permitindo assim a acumulação ampliada de capital. Quanto menos força de trabalho se utiliza, com o uso de mais avançado instrumentos de produção, maior tende e ser a taxa de lucro e, consequentemente, maior acumulação. Esta é a lógica do capitalismo (Marx, 1975ª). É desta forma que o desenvolvimento das forças produtivas é fundamental para a expansão ampliada do capital e o desenvolvimento tecnológico, cada vez mais, o seu “carro chefe”. Marcante nesta nova sociedade, a tecnologia passa ser vista dissociada das relações sociais como se tivesse movimento próprio, independente dos motivos e dos agentes que criam, utilizam e transformam. O desenvolvimento tecnológico é visto pelos que dele participam como um fenômeno que por si só é positivo, pois significa o progresso e este é sempre intrinsecamente bom. Na sociedade ocidental moderna, progresso quer dizer utilização de tecnologias cada vez mais avançadas que supostamente melhoram a qualidade de vida de todos. Assim, através