Inglaterra
As origens da civilização inglesa estão intimamente relacionadas ao processo de formação do Império Romano do Ocidente. Durante muito tempo, a Ilha da Bretanha ocupava apenas uma posição periférica entre as várias províncias controladas por Roma. Contudo, aos fins da Antiguidade, essa situação se transformou quando os anglos e saxões invadiram este território. Logo em seguida, os vikings também invadiram a ilha, impondo outra dominação que marcou o cenário britânico até a Baixa Idade Média. No ano de 1066, sob a chefia do rei Guilherme, os normandos franceses conquistaram a região e, assim, instituíram o fim da hegemonia anglo-saxônica no território. Com isso, a Bretanha foi divida em condados a serem distribuídos aos militares que venceram o conflito. Essa divisão de terras marcou a instalação das práticas feudalizantes que já tomavam grande parte do território europeu. Entretanto, no século XII, a ascensão da dinastia Plantageneta alterou o quadro político presente com o emprego de ações que contribuiriam para a centralização política da Bretanha. Com a criação da “common law” e da justiça real, os reis britânicos concentrariam poder em suas mãos. A presença dessas estruturas jurídicas permitiu que vários impostos fossem cobrados da população e um exército regular fosse preservado sob o mando do monarca. Contudo, na passagem dos séculos XII e XIII, o envolvimento do reis plantagenetas em guerras contra a França e a organização das Cruzadas, criou um clima de grande insatisfação entre os nobres submetidos à cobrança de vários encargos. Em 1215, uma revolta organizada pelos proprietários de terra britânicos impôs ao rei a assinatura da Magna Carta, que determinava que a criação de impostos deveria ser primeiramente aprovada por um conselho formado por integrantes do clero e da nobreza. De fato, sob a perspectiva histórica, notamos que os ingleses nunca chegaram a experimentar um regime político absolutista. Tal sentimento autonomista acabou