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Falsas Memórias

Que nosso cérebro é capaz de coisas magníficas, ninguém discute (a matemática, as viagens à lua e a internet não nos deixam mentir!). Mas nosso cérebro também pode se enganar e misturar realidade com a mais pura ficção: é o que ocorre quando nossa mente cria as chamadas falsas memórias, convencendo-nos de que vivemos eventos jamais ocorridos.

O fenômeno das memórias inventadas é tão impactante que, nos EUA, existe até uma Fundação da Síndrome da Falsa Memória, instituição surgida nos anos 90 após um "surto" de casos em que mulheres supostamente se lembravam, durante sessões de hipnose, de terem sido abusadas sexualmente pelos pais quando eram crianças. A maioria dos casos, depois, mostrou-se irreal. Mas como? Muitos cientistas que estudam o fenômeno conseguiram descobrir suas principais causas. Reunimos 3 dos fatores que nos levam a criar, distorcer ou "falsificar" memórias. Confira:

Informações errôneas
Também poderíamos dizer que é o poder da sugestão. Digamos que você foi ao 1°fest verão no show de Chiclete com banana. Nada na apresentação fugiu do normal, mas você provavelmente poderia ser convencido com facilidade de que o escorregou e caiu por cima da guitarra, (A) alguém lhe fizessem perguntas sugestivas como "você viu quando ele escorregou e guitarra?" (B) um grupo de testemunhas afirmasse que ele caiu e (C) amigos insistissem que você até comentou a queda naquela época. Isso acontece porque nosso cérebro reorganiza e "recicla" informações originalmente armazenadas conforme ouvimos novos relatos. É a nossa maneira de tentar compor cenários mais completos de eventos passados. Entretanto, a capacidade de duvidar de nós mesmos abre espaço para que acreditemos mais nos outros do que em nossa lembrança.

Atribuição trocada
Essa talvez seja a forma mais comum de memória falsa. É quando você olha para um amigo e diz "eu já te contei...?", porque não lembra se contou pra ele, pra outro amigo, pra sua mãe. É quando você diz "Lembra quando o