INFERÊNCIAS SOBRE A DEMOCRACIA EM WEBER E SCHUMPETER
Weber enxerga a democracia como uma participação popular para a escolha de seus líderes. Só se tem democracia quando a escolha do governante é legitimada, e este governante não precisa agir em função a vontade da massa, pois segundo Weber ela é emocional e irracional. A política não se define pelos seus fins, mas sim pelos seus meios. Schumpeter segue a linha de Weber ao afirmar que não existe governo pelo povo, e sim um governo para o povo, este que é exercido por elites políticas que são as responsáveis pelas decisões para a sociedade.
Para Weber a vida política moderna tem pouco espaço para a participação democrática e para o desenvolvimento coletivo, gerando instabilidade política. A democracia se torna um meio de escolher pessoas para os cargos de tomada de decisões e para que estes coloquem limites aos excessos. Chamada de “elitismo competitivo”, a democracia para Weber é caracterizada pelo individualismo e pela diferenciação social. Cresce cada vez mais o número de esferas de trabalho, tornando necessária a especialização do indivíduo, para um trabalho submetido à ciência e a tecnologia.
Consequência da modernidade foi também a racionalização, essa rompe com os paradigmas estabelecidos pela religião, transformando os ideais de sentido da vida e deixando uma visão mais fluida das coisas. E essa racionalização possibilitou também que houvesse menos interferência da religião na política. Weber chama esse processo de “desencantamento do mundo”, e suas conseqüências são o enfraquecimento do coletivo e a apoteose do individualismo. Agora o individuo tem poder pleno para decidir quais são os seus valores. A democracia então ganha valor por ser esse componente essencial de escolha do povo. Outro fator importante para essa racionalização, segundo Weber, é a burocratização, pois é ela que organiza as grandes instituições, reprimindo a liberdade social e individual.
Aí entram os partidos políticos, estes