INDUSTRIA CULTURAL
Indústria cultural é um dos objetos de estudo que são usados para conhecer as ciências humanas, mais por suas qualidades indicativas, ou aspectos exteriores, do que por sua constituição interior, estrutural. Tudo gira em torno da ética, o que determina se o produto é bom ou ruim para o homem, e se é adequado ou não ao desenvolvimento de suas potencialidades e projetos. A indústria cultural só aparece com o surgimento dos primeiros meios de comunicação móveis, como os jornais, sendo caracterizada pela revolução industrial, pelo capitalismo liberal e pela economia de mercado e sociedade de consumo, que viria a criar condições para uma sociedade massificada através de veículos de ampla medida como a TV. A indústria cultural, os meios de comunicação de massa e a cultura de massa surgem como funções do fenômeno da industrialização. É esta, através das alterações que produz no modo de produção e na forma do trabalho humano, que determina um tipo particular de indústria (a cultural) e de cultura (a de massa), implantando numa e noutra os mesmos princípios em vigor na produção econômica em geral, como o uso crescente da máquina e a submissão do ritmo humano de trabalho ao ritmo da máquina, a divisão do trabalho, entre outros, são esses alguns dos traços marcantes da sociedade capitalista liberal, onde é nítida a oposição de classes e em cujo interior começa a surgir a cultura de massa. Para Dwight MacDonald existem três formas de manifestação cultural: a Superior, que são representados por todos os produtos canonizados pela crítica erudita, como as pinturas do Renascimento e as composições de Beethoven; a Cultura Média, que são representados, por exemplo, pelos os romances de Zé Mauro de Vasconcelos, com sua linguagem artificiosa e cheia de alegorias fáceis; e a Cultura de Massa, que é aquela usada para atingir a massa popular, mas que não pode, porém, ser confundida com a cultura pop. A cultura popular (ou cultura