Inclusão Social através do Desenvolvimento Sustentável
A questão ambiental surgiu de maneira explosiva há cerca de três décadas. Até então, apenas os aspectos sanitários do problema eram abordados, principalmente aqueles relacionados à poluição das águas e aos conseqüentes episódios de mortandade de peixes, a poluição do ar e às perturbações e doenças delas adivindas. O próprio termo preservacionismo aplicava-se tão-somente à proteção contra a erosão, reconhecida desde os tempos da colonização da América do Norte, como causa da perda da fertilidade dos solos.
A percepção dos efeitos globais dos grandes desmatamentos, da construção de represas gigantescas, do emprego da energia nuclear ou mesmo da excessiva queima de combustível começou a motivar a opinião pública e os governos já nos anos 70 e, mais particularmente, após a reunião de Estocolmo, realizada em 1972, com o patrocínio da ONU, Organização das Nações Unidas, para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Reunião semelhante foi realizada em 1992, no Rio de Janeiro. Naquela reunião, a representação brasileira assumira um posicionamento equivocado e provinciano ao considerar que as medidas propostas para preservar o meio ambiente eram dirigidas pelos países capitalistas com a intenção de limitar o desenvolvimento do chamado 3º Mundo.
Nesse evento, popularizou-se a frase da então 1º ministra da Índia, Indira Gandhi: “A pobreza é a maior das poluições”. Foi nesse contexto que países do sul afirmaram que a solução da poluição não era brecar o desenvolvimento e sim orientar o desenvolvimento para preservar o meio ambiente e os recursos não renováveis.
Tais interesses, evidentemente, produzem uma imagem distorcida do chamado “desenvolvimento”. Seus defensores procuram convencer de qualquer proposta que restrinja suas atividades tem como propósito limitar o desenvolvimento do país, de que o futuro da pátria depende de suas obras e de que não é possível realizar esse desenvolvimento sem gerar prejuízos ao meio ambiente. Semelhantes idéias