Imunologia dos tumores e transplantes
1. INTRODUÇÃO
Tumores, também chamados de neoplasmas, ou neoplasias, são alterações celulares que provocam o aumento anormal dos tecidos corporais envolvidos. Eles são considerados benignos quando são bem delimitados, de crescimento lento; e também não reincidem após sua remoção, e nem se espalham. Já os malignos infiltram as células adjacentes, têm crescimento rápido, e podem reincidir e se espalhar pelo organismo, atacando outros órgãos, por via linfática ou sanguínea: são as metástases. Nesse último caso, tais tumores também são chamados de câncer.
Em contraste com o crescimento policlonal regulado e não maligno, uma determinada célula pode sofrer um evento transformador e adquirir o potencial de produzir células filhas capazes de proliferar independente de sinais externos de crescimento. A imunologia tumoral é o estudo das propriedades antigênicas dessas células transformadas, da resposta imunológica do hospedeiro contra essas células, das conseqüências do crescimento das células malignas para o hospedeiro e dos meios pelos quais o sistema imune deve ser modulado para erradicar as células tumorais.
2. CAUSAS DOS TUMORES
A transformação de células normais em células malignas pode ocorrer de modo espontâneo ou ser induzida por agentes carcinógenos (químicos, físicos ou virais). A natureza dessa transformação ajuda a determinar se o sistema imune do hospedeiro será capaz ou não de conter o tumor.
3. CARACTERÍSTICAS
A imunologia tumoral se baseia no fato de que as células tumorais expressam antígenos que as distinguem das células normais. Esses antígenos podem ser divididos em 2 grupos:
• Antígenos tumorais exclusivos: só estão presentes nas células tumorais, mas não nas células normais do hospedeiro.
• Antígenos associados a tumores: podem ocorrer em algumas células normais, porém a expressão quantitativa ou associada a outros marcadores serve para identificar as células tumorais. Existem três tipos de antígenos de