Imunidade Humoral e Celular

INTRODUÇÃO

Os mecanismos de defesa mais altamente evoluídos são estimulados pela exposição aos agentes infecciosos e aumentam em magnitude e capacidade defensiva em cada exposição sucessiva a um micróbio particular. Pelo fato de que esta forma de imunidade se desenvolve como uma resposta à infecção e se adapta a ela, é designada imunidade adquirida. As caracteristicas que definem a imunidade adquirida são a grande especificidade para as distintas macromoléculas e a capacidade de “lembrar” e responder mais vigorosamente as repetidas exposições ao mesmo micróbio. Os componentes da imunidade adquirida são os linfócitos e seus produtos. As substancias estranhas que induzem respostas especificas ou são alvos dessas respostas, são chamados antígenos.

1. IMUNIDADE HUMORAL E CELULAR

A resposta imunológica adquirida foi, historicamente, dividida em dois ramos separados de defesa denominados imunidade humoral, mediada por células B, e a imunidade celular mediada por células T. Atualmente embora se saiba que as células B e T apresentem diferentes papeis molecular e funcional no nosso sistema imunológico, sabemos também que os dois ramos são fundamentalmente interconectados em vários níveis. “Experimentos naturais” foi uma expressão criada por Robert A. Good, na década de 1950, ao descrever o estado imunológico de um camundongo que apresentava uma mutação congênita associada com um fenótipo atímico (um fenômeno semelhante nos seres humanos é denominado síndrome de DiGeorge). Os experimentos de Good forneceram importantes sinais relacionados à interdependência desses dois braços do sistema imunológico. Camundongos atímicos, ou seja, aqueles que não desenvolvem o tecido tímico apresentam uma profunda deficiência de células T com anomalias associadas na função da célula B. Desprovidos de células T auxiliares (T-helper), as células B são incapazes de gerar uma resposta de anticorpo normal, e em particular, sofrer mudanças