Imrsi
André Moreira (andre@dei.isep.ipp.pt)
Professor Adjunto do Departamento de Engenharia Informática do ISEP
O conceito de cablagem estruturada está associado à necessidade de planear os sistemas de cablagem de dados de forma assegurar a sua longevidade, para isso é necessário que sejam genéricos e flexíveis de forma a assegurar que serão capazes de acompanhar a evolução técnica dos equipamentos activos e a evolução de todo o sistema de comunicações ao qual serve de suporte base. A cablagem estruturada deve integrar todos os sistemas de comunicação, nomeadamente não deve contemplar apenas a transmissão de dados, mas também os circuitos de voz (ligações telefónicas).
A instalação de cablagens é um processo dispendioso, quer em mão de obra, quer sob o ponto de vista da perturbação geral causada. De preferência as cablagens são instaladas na fase final de construção dos edifícios, ou em remodelações profundas.
O ideal é que o sistema de cabos seja capaz de prolongar a sua vida para além da dos equipamentos activos, permitindo a evolução técnica destes sem necessidade de substituição das cablagens. O sistema de cablagens não deve ser projectado para as necessidades do equipamento activo a colocar, é necessário ver mais além, quer em termos tecnológicos quer em termos das necessidades do cliente.
Sendo um sistema que se destina a ser reutilizado em evoluções futuras dos sistemas de comunicação é fundamentar seguir normas e documentar da melhor forma possível todo o sistema de cablagens.
Existem várias normas aplicáveis no projecto de cablagens estruturadas, notoriamente as normas ANSI TIA/EIA-T568A, ISO/IEC 11801 e EN 50173. Além destas normas existe um conjunto de "boas práticas" que derivam em grande parte do "bom senso".
Cablagem em níveis hierárquicos
O primeiro principio a que os sistemas de cablagem devem atender é que devem ser definidos vários níveis de circulação de informação. Este tipo de organização facilita a gestão