Impress es sobre cores e nomes Leda Braga
Universidade Federal de Uberlandia
Cleo Custodio Ferreira - Artes Visuais - Integral – Fundamentos da Educação em Arte
Impressões Sobre Cores e Nomes Esse texto pretende expor as impressões que me foram causadas pela exposição do trabalho de Leda Braga, de 2012, intitulado “Cores e Nomes”. O que há de atraente nessa obra que trabalha magicamente com o imaginário? Não nos diz praticamente nada objetivamente, apesar de estarem representados desenhos concretos, como uma banana, uma orquídea ou um dente de leão. A liberdade e o desprendimento com que nos faz imaginar coisas e cores infinitas a partir do simples nome de uma tinta de paredes. Segundo Leda, o foco desse trabalho está em dois pontos principais; a possibilidade de desenhar coisas absolutamente banais e o interesse no nome das cores que ao invés de esclarecer pela sua função de substantivo, gera ainda mais dúvidas. À medida que fui me envolvendo com a obra, fui me perdendo dos outros e me encontrando comigo, lentamente me libertando da máquina e descarregando automaticamente o mundo das costas, entre um Dente de Leão cuja figura me fazia sentir uma brisa no rosto, ou o Armazém do Interior, me lembrando de sabores nostálgicos, um trabalho vivo, orgânico, que me fez esquecer completamente que horas eram ou que eu estava num museu. Os pequenos frascos com água dos mares e oceanos me levaram pra lugares do mundo em que nunca estive. Cores e Nomes bagunçam os sentidos e os reorganizam como se fossem apenas um quíntuplo sentido, nos força a ir além do simples nome fantasia de uma cor, nos faz sentir o cheiro e o gosto de tocar a cor como se nossos olhos fossem dedos. A Orquídea Pura, minha predileta, era a única estava de cabeça para baixo e isso me intrigou ainda mais. Não sei se proposital ou erro técnico, mas em ambos os casos, o acidente é sempre bem vindo. “Cores e Nomes” corta as amarras do pensamento por no mínimo dois minutos. Esse trabalho me fez revisitar “A Alquimia do Verbo” de