iMPRENSA NA pIRMEIRA METADE DO SÉCULO

3782 palavras 16 páginas
CAPA

FOLHA DE ROSTO

SUMÁRIO

A expressão ‘grande imprensa’, de uma forma genérica, é a denominação para o conjunto dos periódicos de maior circulação, tempo de fundação, melhor aparelhamento técnico e sistema organizacional, e maiores recursos financeiros. Entre o final do século XIX e o início do século XX ocorreu um grande avanço na imprensa brasileira. A produção artesanal dos periódicos passou a ser substituída por processos industriais, com a divisão do trabalho dentro das gráficas e redações, e a diminuição do trabalho manual. Isso se deu graças aos avanços nas tecnologias daquela época, como as rotativas, que ficavam cada vez mais velozes, e os clichês de zinco. Com essas melhorias, a produção dos jornais se tornou um negócio, e passou a exigir de seus donos um melhor gerenciamento, maior atenção às novidades tecnológicas, o barateamento dos exemplares e melhorias na qualidade dos mesmos. As funções de proprietário, editor, gerente e impressor agora tinham responsabilidades individuais, não mais unidas a uma só pessoa, como não raro acontecia. O progresso visava atender à demanda de público, que estava cada vez maior e mais exigente. Toda essa rápida mudança no jornalismo ocorreu em uma época em que o Brasil também passava por intensas evoluções. A escravidão havia sido abolida, o país deixava de ser uma monarquia e passava a ser uma república, e o primeiro surto industrial se iniciava, condições que favoreciam e exigiam a circulação de informações. Eficiência, velocidade e mobilidade passaram a ser as palavras de ordem do novo modo de vida urbana, e a imprensa brasileira acompanhou esse novo ritmo. A necessidade de publicar as novidades imediatamente ao seu acontecimento fez aumentar as tiragens e surgir as edições vespertinas, para que assim os jornais dessem conta das ocorrências diários. Com esse considerável

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