Impactos da poluição nas praias de sao luis
Na capital do Estado que tem o segundo maior litoral do país, as praias constituem um dos principais programas no fim de semana, mas em São Luís o banho do mar ou uma simples caminhada pode acabar virando um risco para a saúde.
As placas alertam para a interdição das praias e para comprovar isso basta percorrer o trecho entre a praia da Ponta d'Areia e o Olho d’Água que é possível presenciar o esgoto que escorre sem nenhum tratamento diretamente na areia e no mar.
Infelizmente, todas as praias da cidade são consideradas impróprias para o banho, pela quantidade acentuada, além do limite, de coliformes fecais presentes nas águas.
A capital maranhense possui dois importantes rios, o Bacanga e o Anil, agredidos há décadas através do despejo indiscriminado de esgoto in natura em suas águas. Nas vazantes das marés, o esgoto misturado às águas do mar que adentra tais rios leva também o lixo que é jogado em suas margens. Quando a maré enche, a água poluída vai se espalhando pelas praias, que já recebem, por sua vez, esgoto sem tratamento proveniente de bares, restaurantes e prédios instalados ao longo dos anos na orla marítima da cidade.
Laudos indicam que a poluição se encontra instalada não somente na água do mar (com alto índice de coliformes fecais), mas, também nas areias da praia (lixo orgânico e inorgânico, organismos patogênicos), uma situação intolerável que inviabiliza o lazer da população e afeta diretamente o turismo. A estimativa é de que cerca de 12 toneladas de lixo orgânico chegue ao mar de São Luís por dia.
O lançamento de esgoto nas águas marinhas provoca o acúmulo de bactérias, vírus e larvas de parasitas. Dentre as doenças que afetam a população, destacam-se:
• Gastrenterite - é a doença que ocorre com mais frequência como resultado da ingestão de águas poluídas por esgoto, sendo os sintomas enjoos e vômitos, dores de barriga e dores de cabeça. Normalmente não chegam a representar muita gravidade;