Imagens de candido portinari
[pic] [pic] [pic]
[pic] [pic] [pic]
[pic] [pic] [pic]
[pic] [pic] [pic]
[pic] [pic]
CANDIDO PORTINARI
Ainda que amplamente reconhecido no País, Portinari também encontrou críticos e conhecedores de arte dispostos a contestar a justiça da posição alcançada pelo artista. Acusado de desenvolver uma estética de tons fascistas por uns e de adotar um tom excessivamente engajado de "artista de esquerda" por outros ou de apenas reinterpretar o cubismo de Picasso sem desenvolver um estilo próprio, o pintor sobrevive aos seus possíveis pontos fracos, assim como ao próprio mito. Na edição de 23 de junho de 1993 da revista Veja, o crítico de arte e editor da revista Novos Estudos (Cebrap), Rodrigo Naves, dedicou duas páginas à tese de que o artista não conseguia libertar-se de um estilo marcadamente sentimental e não resistia a apelar para as emoções derramadas, ainda que socialmente inócuas, com o intuito de obter ampla difusão e reconhecimento, por meio do que chama de "empatia áspera": "Diante desses trabalhos é praticamente impossível evitar uma resposta de ordem sentimental. Eles provocam, de maneira irremediável, piedade, indignação, tristeza, sensações de desolação ou revolta. E aqui começam os problemas. Nada contra afetos e sentimentos. (...) A questão é que, por suas soluções pictóricas, o trabalho de Portinari tende a nos devolver sempre a um âmbito estritamente pessoal, em que confirmamos de modo reiterado nossas crenças e opiniões e mantemos uma intimidade imune aos desafios daquilo que é novo e imprevisto. E aí os sentimentos tendem ao sentimentalismo." O polêmico ponto de vista prossegue, discutindo a eficácia do discurso político-visual de Portinari, um constante simpatizante da esquerda que se filiou ao PCB em 1945: "(...) Essa violência que não violenta, que nos põe ao abrigo de seus efeitos - como se isso fosse possível - tem