Imageamento por radar
Processamento de Imagens de Radar de Abertura Sintética – Princípios e Aplicações
LUCIANO VIEIRA. DUTRA1,2
JOSÉ C. MURA1
CORINA DA COSTA FREITAS1
JOÃO ROBERTO DOS SANTOS1
MARCOS TIMBÓ ELMIRO2
1
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais– INPE
Av. dos Astronautas, 1758, CP. 515, São José dos Campos, SP. – 12 227-010
[dutra, mura,corina@dpi.inpe.br, jroberto@ltid.inpe.br
2
Dep. Cartografia – UFMG Av. Antônio Carlos, 6657, Belo Horizonte, MG, 31270-901 mtimbo@igc.ufmg.br Resumo: Apresentam-se os princípios de aquisição e processamento de imagens de radar de abertura sintética
(SAR) e de obtenção de modelos de elevação por técnica de Interferometria SAR. Alguns resultados recentes de utilização dos dados e das técnicas apontadas, aplicadas ao estudo de ambientes tropicais, são discutidos.
1 Introdução.
Grande parte do esforço de pesquisa na área de sensoriamento remoto se concentra na tarefa de extração de informações de imagens obtidas por satélites orbitais. Este esforço é particularmente importante no caso de países com extensões continentais como é o caso do Brasil. Recentemente, satélites utilizando sensores nunca antes utilizados em missões orbitais civis tornaram-se operacionais. Este é o caso dos satélites que levam a bordo o sensor imageador ativo denominado radar de abertura sintética (SAR). Necessidades crescentes e complexas, que podem se utilizar das ferramentas de sensoriamento remoto como o monitoramento ambiental e modelagem ecológica da Amazônia, exigem o desenvolvimento de metodologias apropriadas, e que incluam estes novos sensores.
Imageadores SAR, pela sua capacidade de aquisição independente de condições atmosféricas e penetração para além da camada superficial da cobertura vegetal, tem despertado o interesse da comunidade de Sensoriamento Remoto.
Imagens SAR apresentam, no entanto, um ruído do tipo multiplicativo específico