(IM)POSSIBILIDADE DE ÉTICA ORIGINAL SEGUNDO AS RESSALVAS DE HEIDDEGER

(IM)POSSIBILIDADE DE ÉTICA ORIGINAL SEGUNDO AS RESSALVAS DE HEIDDEGER
Delles Duarte Lima
Graduando em licenciatura em Filosofia [e-mail] Resumo: O presente texto propõe uma reflexão sobre as críticas de Heidegger sobre a tradição filosófica a fim de construir uma negação à moralidade embasada na metafísica. Cogitação da possibilidade de construir uma “ética da subjetividade” que não fuja das ressalvas que o filosofo acentuou durante sua tragetória filosófica.

Palavras-chave: ética, analítica existencial, metafísica, superação.

INTRODUÇÃO

CRÍTICA À ÓTICA DA TRADIÇÃO Para pensar uma Ética segundo a ótica heideggeriana é preciso, antes de tudo, atentar ao fato de que o filosofo terce uma crítica aos discursos deterministas que objetificam o ser e, principalmente, o modo de ser do homem – à Metafísica. Na filosofia de Heidegger a verdade perde seu caráter de fundamento, não é mais vista como referência capaz de resistir aos múltiplos vieses interpretativos. Assim, o ser passa a não possuir um único sentido dito e determinado por certa corrente de pensamento ou sistema.
Num cenário em que a verdade perde seu caráter de fundamento, ou seja, de referência capaz de resistir aos múltiplos vieses interpretativos, põe-se a questão acerca do tipo de orientação para o agir que ainda pode permitir que se continue a falar de uma ética.1

Assim, o filosofo sugere a destruição da metafísica no sentido de ideias impostas, indissolúveis e inquestionáveis; a imposição da ética cristã através de conceitos metafísicos prontos. O filosofo considera equivocados a tradição por estar preocupada em encontrar um sentido último que pudesse basear e explicar o mundo, conferindo ao ser características ônticas. Defendia a falsidade de uma ideologia cristã. O filosofar propriamente dito, enquanto o perguntar humano plenamente livre não foi possível na idade Média e por isso, para ele, não existe filosofia medieval. A teologia e a