Iluminismo
Os filósofos sociais do Iluminismo pregavam a tolerância, mas ainda acreditavam que as instituições e formas de vida de suas sociedades européias eram mais válidos e evoluídas do que a de outros povos (ex. no Oriente e no Novo Mundo). Se a variação entre seres humanos não pode ser explicada simplesmente por escolha divina ou por certos homens não pertencerem à humanidade (serem animais, sem alma), então qual é a sua causa?
Os pensadores do Iluminismo se lançam ao estudo das instituições sociais, do ambiente material e cultural que envolve o ser humano. A cultura humana se torna um objeto de estudo legítimo.
A idéia era criar uma ciência do homem, um ramo de estudo que se dedicasse aos negócios humanos: descobrir as leis, as regularidades que governam as ações do homem em ambientes diversos e conhecidos.
O homem passa a ser considerado em sua existência concreta; nessa existência, a problemática essencial é a diferença. Tenta-se fundar uma ciência do homem que explique a diferença entre relações de produção, trabalho,linguagem, organização social, a comparação entre várias formas de humanidade, as problemáticas essenciais da sociologia e da antropologia; método indutivo.
Conceito da unidade psíquica e da universalidade do homem. O homem é um ser sensível (que sente), capaz de raciocinar e adquirir idéias morais.
Locke: o conhecimento do mundo vem dos sentidos; as partículas primeiras e fundamentais de todo conhecimento humano são as sensações, a experiência, que formam idéias simples, que depois são transformadas em idéias complexas. Não há idéias inatas. Tudo que um ser humano aprende e sabe vem do que ele viu, ouviu, tocou, e provou durante a vida. A mente de um indivíduo é uma tabula rasa ao nascer, que é gradualmente preenchida pelo que ele apreendeu pelas sensações, pelos sentidos, pela experiência. São idéias simples que, na mente, são combinadas para formar idéias complexas. Esta noção inaugura a “unidade psíquica” da humanidade —