Iluminismo
Influentes pensadores que viveram após a Revolução Francesa consideram-na como uma etapa decisiva no grande processo de autolibertação do espírito humano.
Pelo “Iluminismo”, esperava-se que vontade humana, decidida a se apoiar na própria razão, e, como os recursos dessa razão emancipada, traçasse o plano de um Estado Racional. Via-se na destruição do antigo a condição indispensável para que os novos arquitetos pudessem começar suas atividades. Reagindo contra a concepção religiosa de Bossuet, segundo a qual a melhor ordem e organização do Estado é fruto da religião, a Revolução se dirigirá tanto contra Deus como contra os seus “representantes terrenos”.
Para Rousseau, o Estado já não forma parte integrante de uma ordem intencionada por Deus, à qual se sujeita no cumprimento da sua missão, mas se fundamenta simplesmente na soberania plena do homem. Qualquer espécie de amarras é incompatível com a natureza livre do homem. Não existe tampouco um poder, proveniente de Deus. A natureza primitiva do homem é a liberdade, que só pode ser limitada por um acordo livre, isto é, pelo “contrato social”. O Estado apoia-se sobre os alicerces de um convênio. Rousseau resume o essencial do Contrato Social na seguinte formulação: “Cada um de nós coloca comunitariamente sua pessoa e suas energias sob a direção suprema da Vontade Geral. A “Vontade Geral” representa a soberania suprema, e quem negar-se a obedecer à Vontade Geral, pode ser coagido a isso pela coletividade.
A liberdade, segundo Rousseau, não consiste em se fazer o que se quer, mas em fazer o justo, determinado pela Vontade Geral. A isto se pode e deve o indivíduo ser coagido, sempre que necessário. Pois quem não obedece à Vontade Geral, recusa obediência à parte melhor de si mesmo e se revela assim como escravo. A Vontade Geral tenciona o bem comum, e visa à liberdade do homem, pois na Vontade Geral o homem obedece somente a si mesmo e não a uma autoridade estranha. Ele mesmo, junto com os