Iluminismo
O Iluminismo foi um movimento intelectual surgido na França no século XVIII, herdeiro do
Renascimento, importante elo de libertação da razão humana. Com o Renascimento teve em comum a rejeição ao misticismo, a crença na razão para o conhecimento e compreensão dos fenômenos naturais e sociais. Até a crença religiosa deveria ser racionalizada. Os iluministas eram deístas, isto é, acreditavam que Deus está presente na natureza, portanto, também no próprio indivíduo, que pode descobri-lo por meio da razão, tornando, assim, a Igreja e seus dogmas dispensáveis. Daí, então, vem a designação dada ao movimento, pois os filósofos desse período pretendiam “iluminar” a mente das pessoas usando a “luz” da razão. Por isso o século XVIII costuma ser denominado “Século das Luzes”.
Ao contrário do Renascimento, os iluministas assumiram uma postura contestatória em relação a diversos aspectos do Absolutismo, entre os quais a centralização política e econômica, que já não interessavam mais à burguesia, vocacionada a participar cada vez mais das questões políticas e necessitada de desdobrar as práticas mercantilistas que impediam o livre comércio.
As ideias precursoras do Iluminismo foram o empirismo e o racionalismo, que orientaram o
Cientificismo do Século XVII. Juntamente com a crítica às verdades dogmáticas ressurgidas com a Contrarreforma, aqueles valores renascentistas sinalizaram a estrada do conhecimento, que tinha que ser adquirido pela experiência e pela dúvida para que tudo pudesse ter a existência provada de forma racional. Os principais cientificistas e, portanto, percursores do Iluminismo foram René
Descartes e John Locke. Descartes é considerado o pai do Racionalismo e pregava a razão para se chegar à verdade e buscava encontrar uma verdade que fosse indiscutível, tendo que duvidar de tudo até provar a existência de forma racional. Locke, um pensador inglês considerado o “pai do
Iluminismo”, afirmava que o conhecimento