Iluminismo - A crítica à Igreja
Segundo o Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, o vocábulo religião significa crença na existência de uma força ou de forças sobrenaturais e também conjunto de dogmas e práticas que geralmente envolvem tal crença.
A crítica à Igreja
As ideias religiosas da Idade Média se baseavam em uma séria de dogmas ditados pela Igreja. Esses dogmas eram tidos como verdades incontestáveis. Todo aquele que ousasse opor-se era submetido a severas punições por parte das autoridades religiosas. Todas as ideias inovadoras eram repudiadas, caso contrariassem direta ou indiretamente a esses dogmas. Tudo era explicado como manifestação da vontade de Deus. Houve outras correntes dentro da igreja que solaparam a unidade eclesial. O galicanismo, por exemplo, no qual reis e soberanos não estavam submetidos ao poder eclesiástico e também a questão da regalia, ou seja, a intervenção dos governos na administração da Igreja como a nomeação de bispos e superiores. O jansenismo, tendo como fundamento as questões teológicas buscava um cristianismo austero e fervoroso e defendia uma liturgia acessível ao povo. Além de outras, como o josefismo, que exerceram influência no campo da política.
Neste século das luzes percebe-se a ausência da Igreja Católica em questões urgentes. Nota-se um pontificado atrasado em clima da pior corrupção existente no tempo da modernidade: nepotismo e decadência moral. Durante o período medieval os homens viviam mergulhados num mundo estritamente religioso. Suas atenções voltadas para o céu traziam o desinteresse pelos fatos da terra.
A Igreja nesse período não conseguia se sintonizar com o pensamento iluminista, muitos expressavam uma completa descristianização da Europa. O ceticismo, o ateísmo explícito, secularização da cultura e o antidogmatismo foram fatores essenciais que marcaram o Iluminismo.
Toda a religião busca a Deus ou alguma coisa, mas o iluminismo buscou essencialmente a razão, oponde-se ao teocentrismo, onde Deus estaria no