ilha das flores
O curta metragem Ilha das Flores conta de uma maneira ácida e divertida, como funciona o mecânismo da sociedade de consumo. Acompanhando o percurso de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado no lixo, o curta escancara o sistema de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.
O filme surpreende e nós coloca a refletir sobre como em uma sociedade desigual e consumista resulta em uma realidade aonde os porcos que possuem um “dono” que por sua vez possui dinheiro, pode ter preferencia na escolha dos alimentos jogados no lixo, em detrimento das pessoas, homens , mulheres e crianças que por sua vez, como narra o filme, não possuem um “dono” muito menos dinheiro.
Assim como o lixo é excluído, essas pessoas também são. Vivem sem (ou com pouquíssimas) oportunidades, consequencia da falta de dinheiro.. Como o dinheiro foi criado pela humanidade, temos aqui um exemplo da máxima do filósofo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem”.
A partir do entendimento do filme podemos criar as seguintes reflexoes:
A vida em sociedade é necessária para a manutenção da própria sobrevivência, uma vez que os interesses e necessidades dos indivíduos são satisfeitos com a troca de serviços, bens ou informações. Porém a vida em sociedade , os interesses de determinados individuos não podem nunca prejudicar os demais, como mostra o mecanismo de geração de riqueza do filme.
Nossa constituição de 1988 trouxe a positivação e proteção da pessoa humana, como consta no Art. 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade…” Também o nosso Codigo Civil trouxe a alusão desses Direitos em seu Art. 11. “Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer