Iimperialismo greco-romano guarinello
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Imperialismo antigo e moderno
O conceito
Nos estudos contemporâneos sobre a economia capitalista, imperialismo é um termo empregado para designar determinados fenômenos decorrentes da expansão política e econômica da Europa e dos Estados Unidos a partir de meados do século XIX. Com exceção dos economistas neoclássicos, que consideram a expansão imperialista européia como uma sobrevivência de elementos pré-capitalistas na moderna economia de mercado, o imperialismo é, em geral, encarado como uma fase específica do desenvolvimento do capitalismo. Seria, assim, uma forma de incentivar os investimentos (para os keynesianos) ou um mecanismo acumulador de capitais, seja pela troca desigual entre metrópole e periferia, seja pela exportação de capitais, que se aproveitariam da mão-de-obra barata e das matérias-primas das nações subdesenvolvidas. Tal sistema de exploração e acumulação de riquezas tem por corolário quase sempre um determinado grau de dominação politica, indo desde uma interferência indireta, porém forte, nos assuntos internos dos países dependentes, até a intervenção militar direta. Quando os interesses da metrópole se vêem ameaçados pela reação da população ou dos governos locais, procede-se à destituição de governantes, com a instalação de títeres no poder ou mesmo a ocupação territorial. Apesar desse forte componente político-militar do imperialismo moderno — que decorre, por sua vez, do predomínio econômico da metrópole —, permanece o fato essncial de que seus mecanismos de concentração e exploração são essencial- mente econômicos, ou seja, ocorrem pelo contato forçado entre nações com modos de produção ou níveis de desenvol’simento capitalista diferentes. A interferência de fatores político-militares dá-se na constituição e manutenção desse contato em tais condições, mas, ao contrário do que acontecia com o antigo sistema colonial, não é a responsável direta pela transferência de riquezas da periferia para o