III Tcc
O ato de alfabetizar ampara-se muitas vezes em um exercício de coragem e persistência. Compreender o fenômeno da aprendizagem, associando diversas áreas do conhecimento, não é tarefa fácil, tanto para quem aprende como para quem ensina. As categorias de alfabetização são compostas por crianças que apresentam dificuldade de aprendizagem, as quais vão gradualmente recebendo o rótulo de repetentes, evadidas e fracassadas. Esses educandos são excluídos pela escola que os acolheu no ato da matrícula. Trabalhar com essas crianças é sentir-se desafiado a compreender e identificar os comportamentos presentes no cotidiano da sala de aula e, acima de tudo, a identificar os fatores que interferem durante a metodologia da alfabetização em crianças com inteligência “normal”, mas que confirmam sistematicamente problemas de aprendizagem na leitura e na escrita.
A experiência profissional adquirida permite auxiliar crianças repetentes na primeira série do ensino fundamental, de escolas pobres do interior. Embora se acredite que o nível sócio-cultural não impede ninguém de aprender. Ao atuar em classe de alfabetização às vezes, se encontra dificuldades e limitações, porém o desafio transforma-se em aprendizado, enriquecendo o ser tanto como profissional e como pessoa. Identificar tais fatores é fundamental para os sujeitos preocupados em compreender o que significa o “problema” de não estar acompanhado o ritmo.
I O PAPEL DAS RELAÇÕES SOCIAIS NA COMPREENSÃO DO FRACASSO ESCOLAR E DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
O problema do fracasso escolar tem sido muito estudado, assim como o alto índice de evasão escolar tem sido alvo de preocupação e pesquisas, não apenas no meio acadêmico, mas também em debates políticos sobre a escola. O principal foco de todas as preocupações é o ensino fundamental por apresentar os piores índices estatísticos, com relação à evasão e ao baixo desempenho acadêmico dos alunos. Mais recentemente foram acrescentadas