Igualitarismo
Um estudo coordenado por pesquisadores da Universidade de Nova York, e publicado na última edição dos Anais da Academia Nacional de Ciências (dos EUA), mostra que dados obtidos tanto através de testes comportamentais quanto por neuroimagem corroboram com o pensador britânico. A questão inicial: por que algumas pessoas estão dispostas a sacrificar seus próprios recursos a fim de promover a igualdade em seus grupos?
A fim de chegar à resposta, foram aplicados jogos nos quais os indivíduos tinham que lidar com algumas situações em que existiam claras desigualdades. Em um deles, o de “renda aleatória”, os participantes foram divididos em grupos de quatro pessoas. Cada um dos jogadores recebeu uma soma de unidades monetárias (UMs), aleatoriamente distribuídas por um computador. Foram instituídas três categorias de grupos: uma primeira na qual havia total igualdade nos valores recebidos por seus membros (20 UMs para cada); um segundo no qual a desigualdade era baixa (11, 17, 23 e 29 UMs); e, por fim, uma na qual a desigualdade nos valores destinados era alta (2, 14, 26 e 38 UMs). Várias rodadas deste jogo foram realizadas, e em cada uma delas se mostrava aos participantes os seus saldos, assim como os saldos dos outros membros do grupo. Oferecia-se, então, a possibilidade de o indivíduo fornecer 10 fichas negativas ou positivas para cada um dos outros três que pertenciam ao seu grupo de controle. Cada ficha utilizada diminuía a renda do jogador em 1 UM, e aumentava ou reduzia a do escolhido em 3 UMs.
Os resultados obtidos com o jogo de “renda aleatória”