IEUP – Medicamentos: Uma Indústria Escola Farmacêutica

CONSTRUINDO CONCEITOS: Referencial Histórico, Teórico e Empírico
Um Pouco de História
Segundo o Instituto de Gestão Tecnológica Farmacêutica, no Brasil, os primeiros povoadores e colonos que aqui viviam tiveram de fazer o uso dos recursos da natureza para combater as doenças, curar ferimentos e neutralizar picadas de insetos. Para conviver com as enfermidades que os afetavam, os primeiros europeus tiveram de contornar a adversidade aprendendo com os pajés a preparar os remédios naturais para tratar seus próprios males. De acordo com o texto A Indústria Farmacêutica no Brasil, o desenvolvimento inicial da indústria farmacêutica no país, estabelece uma ligação com a instituição de saúde pública, quando o Governo incentivava as práticas sanitárias de prevenção e combate às doenças infecciosas. O Estado contribuiu também para a formação dos primeiros cientistas brasileiros que, posteriormente, se tornaram responsáveis pelo desenvolvimento de planos de saúde pública, produção de soros, vacinas e medicamentos. O texto ainda afirma que o perfil do segmento farmacêutico no Brasil sofreu uma mudança brusca a partir da década de 1950, quando a adoção de medidas e planos desenvolvimentistas, abriram as portas do setor às empresas de capital estrangeiro, dotadas de maiores recursos financeiros, que foram responsáveis pela eliminação de boa parte da concorrência dos laboratórios nacionais. De acordo com esse ponto de vista, Marin (2003) afirma que:
Até aproximadamente o período da Segunda Guerra Mundial, o Brasil apresentava uma configuração da rede de estabelecimentos de produção e comercialização de medicamentos semelhante aos países do primeiro mundo. A partir daí, instala-se a forte industrialização da produção farmacêutica no mundo, em contraposição ao momento anterior quando a produção era mais caracteristicamente artesanal. O Brasil experimentou, então, uma forte desnacionalização do setor, com a marcada absorção das empresas nacionais por empresas