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Carta IEDI n. 662 – A Indústria em Dezembro de 2014: O Pior Ano da Indústria
Publicado em 06/02/2015

Sumário
Os dados para 2014 são mais uma evidência de que a crise do setor industrial é longa e tem diversas raízes internas e externas. Enquanto havia demanda a indústria ainda exibiu uma trajetória frágil e com pouco fôlego, de certa forma resistente aos enormes desafios estruturais de competitividade, como infraestrutura e carga tributária. Infelizmente as perspectivas para
2015 não são otimistas, dada a fraqueza dos mercados externos, enfraquecimento do consumo interno e expectativas empresariais adversas que dificilmente abrirão caminho à retomada do investimento. 2014, o pior ano da atual crise da indústria nacional, fecha no vermelho em 3,2%. A expressiva retração deveu­se especialmente à indústria de transformação, que recuou 4,2% enquanto a indústria extrativa cresceu 5,7%. Na média, a indústria assinala um resultado negativo mais grave do que o de 2012, ratificando o fraco dinamismo dos mercados internos e externos, diante dos quais as empresas nacionais apresentam baixa competitividade.
Em dezembro de 2014, a produção da indústria brasileira assinalou queda de 2,8% frente a novembro de 2014 na série com dados dessazonalizados, após recuo de 1,1% em novembro.
Frente ao mesmo mês do ano anterior, a produção industrial recuou 2,7%, décima taxa negativa consecutiva. Na comparação a novembro de 2014, a queda em dezembro ocorreu em todas as categorias, mas puxada principalmente pela redução em bens de capital, de 23,0% (índice mais intenso desde janeiro de 2012), devido à retração significativa em caminhões. A produção de bens de consumo duráveis reduziu­se em 2,2%, de bens de consumo semi e não duráveis caiu 1,7% e em bens intermediários a queda foi de 0,8%.
Em dezembro de 2014 houve uma queda considerável no índice de utilização de capacidade com ajuste sazonal da indústria de transformação, divulgado pela FGV, assinalando 81,3%. A redução retoma a

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