Identidades e práticas articulatórias dos “movimentos gays”: a disseminação das “paradas gays” no estado de alagoas.
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Identidades e práticas articulatórias dos “movimentos gays”: a disseminação das “Paradas Gays” no estado de Alagoas. Flávio Santos da Silva (Mestrando – UFAL) [1] Neusvaldo Medeiros de Caldas Júnior (Graduando - UFAL) [2]Resumo
Essa análise sobre os movimentos Gays do estado de Alagoas nos coloca diante de um questionamento sobre como as identidades dos sujeitos, inseridos na Parada Gay, produzem esta prática articulatória. Neste sentido, a emergência de tal prática consiste na existência de múltiplos processos de identificação desses sujeitos, de forma efêmera, trazendo à tona um conflito submerso. Antes restrita à capital, a “Parada Gay” vem expandido seus “tentáculos”, tendo uma abrangência estadual, o que mostra uma evidente abertura, crescimento e aceitação dos objetivos estabelecidos pelos Movimentos Gays. Nos municípios que foram realizadas as passeatas, as mesmas tiveram uma grande visibilidade e “aceitação” por diversos atores sociais. Gostaríamos de ressaltar ainda, que este fenômeno emergiu no cenário alagoano neste ano de 2006, ganhando legitimidade por parte do Poder Público. A partir de nossa pesquisa presenciamos que esses “momentos” não apresentam uma homogeneidade, sendo composto de percepções transitórias, motivacionais, cognitivas, culturais, políticas, ideológicas e com orientações diversas, circunscrita no tempo e espaço. Levando em consideração as palavras de Melucci (2001), essas manifestações, ao tornarem-se fatos, exprimem um desequilíbrio estrutural entre opressor e oprimido. Estas correlações de forças culminam na modernização das estruturas, o que produzem novas formas de poder, novas violências e novas injustiças e sua origem e êxito são de caráter heterogêneo. Criando então, no interior do movimento gay uma multiplicidade e contingência nos processos de identificação dos atores coletivos - “nômades do