Idade da Velhice
Ana Castro
Conceito de representação social e as representações na velhice.
“Qual é a idade da velhice?”, seria essa a pergunta que devemos fazer!
Sabemos que a velhice e o período etário menos conhecido cientifica e socialmente falando, pois envelhecer é uma novidade. No Brasil o tema se tornou de interesse público a partir dos anos 90, no chamado “BOOM” gerontológico, ou seja, perceberam que nosso pais estava se tornando um pais de velhos. Além das políticas públicas, por enquanto insuficientes, as instituições privadas vislumbraram um nicho, pois a terceira idade passa a ser vista como um mercado de consumo promissor.
Se partirmos do princípio que o estudo das representações sociais investiga como se formam e como funcionam os sistemas de referência que utilizamos para classificar pessoas e grupos e para interpretar os acontecimentos do cotidiano, veremos que no que tange o “velho” existe um enorme abismo no que vou chamar de velhice boa, e a velhice ruim. A ruim seria aquela associada às perdas físicas e sociais e quase sempre está relacionada ao binômio saúde x doença, a perda da capacidade de trabalho e financeira, ao enfraquecimento ou rompimento dos laços de família, ao desgaste natural e a perda da identidade, deixando de ser único para assumir um papel coletivo numa instituição ou, pior, no seu próprio lar. Já a velhice boa, se monstra com uma outra realidade social, são pessoas ativavas, tanto física como intelectualmente, são independentes a saúde está sob controle, priorizam e mantém os laços familiares e encaram a velhice como algo natural. Estar velho não deve significar ser velho. Devemos inserir o idoso no contesto social, ressaltar a necessidade de estimular e difundir uma imagem positiva, recriar e construir um novo imaginário, redefinindo o papel do idoso. Ser velho não e estar morrendo, ficamos velhos mas nosso ciclo de vida só termina com a morte orgânica.