Ibiira

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REFEITURA PAULISTANA DESOCUPOU O PAVILHÃO MANOEL DA NÓBREGA (ATUALMENTE OCUPADO PELA PINACOTECA DO ESTADO), ONDE FICAVA O GABINETE DO PREFEITO; POSTERIORMENTE, HOUVE A RECUPERAÇÃO DO PAVILHÃO DA BIENAL; AGORA, OS ÓRGÃOS PÚBLICOS MUNICIPAIS FORAM OBRIGADOS PELA MEGAEXPOSIÇÃO BRASIL 500 ANOS A RESTITUIR O BRILHO ORIGINAL DE BOA PARTE DO RESTANTE DA OBRA.
Entre os trabalhos recuperados, um dos mais importantes é o Pavilhão Lucas Nogueira Garcez, conhecido como a Oca, ou a calota do Ibirapuera, um magnífico domo marcado pelas escotilhas - as aberturas - em sua base, como se vê nas imagens que PROJETO DESIGN reúne neste ensaio especial de Nelson Kon. Arquiteto e fotógrafo de arquitetura, Kon focaliza seu olho de especialista sensível sobre as belas e impressionantes curvas dessa oca modernista.
A grande marquise que une com suas formas serpenteantes os cinco maiores prédios do parque (entre 30 mil e 40 mil m2 cada um) e a Oca (cerca de 10 mil m2 de área construída) também passou por uma grande restauração, com a retirada de “inquilinos” abrigados ali havia décadas. “A marquise vai aparecer plenamente, com a dimensão e a monumentalidade iniciais do projeto, tal como o caminho - a vereda, para lembrar Guimarães Rosa - que conduz a esses maravilhosos recintos de exposições”, afirma o arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
Coordenador da restauração, ou da “redescoberta da espacialidade niemeyeriana” do parque Ibirapuera, Mendes da Rocha teve como coadjuvantes operacionais os jovens arquitetos do MMBB (Marta Moreira, Fernando de Mello Franco, Milton Braga e Angelo Bucci), escritório paulistano responsável pelos trabalhos.
Retirados os museus da Aeronáutica e do Folclore, transferidos para outros locais da prefeitura paulistana, o domo de Niemeyer retornou à função para o qual foi projetado - originalmente, a Oca chamava-se Pavilhão de Exposições. A mudança, ou o retorno ao projeto original, começou pela porta de acesso, remodelada e “introjetada”, por meio de um grande

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