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Do UOL, em São Paulo
28/11/201210h00
Ronaldo Bernardi/Agência RBS
Rede esgoto a céu aberto em Viamão (RS). Segundo o IBGE, 58,4% da população brasileira tem ao menos um tipo de carência social. A falta de acesso a serviços básicos como rede coletora de esgoto é o principal problema e atinge 32,2% dos brasileiros
A análise relativa ao padrão de vida e à distribuição de renda dos brasileiros, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ganhou um novo indicador, que leva em conta carências sociais da população, além da renda. O levantamento mostra que o número de pessoas consideradas pobres caiu no país.
Em 2011, 58,4% dos brasileiros apresentaram ao menos um tipo de carência entre quatro itens avaliados: atraso educacional, qualidade dos domicílios, acesso aos serviços básicos e acesso à seguridade social. Dez anos atrás, em 2001, esse índice era ainda maior: 70,1%.
Os dados fazem parte da amostra Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira (28). De acordo com o IBGE, esta é a primeira vez que os dados de 2001, que compõem a base de comparação, são divulgados. Para isso, adaptou-se uma metodologia que mede a pobreza por meio de indicadores monetários e não monetários, desenvolvida no México.
Nos dois anos estudados, a carência de acesso a serviços básicos --água, esgoto, coleta de lixo e energia elétrica-- foi a que mais atingiu a população: 32,2% em 2011. A situação mais crítica foi verificada na região Norte do país, onde 64,6% dos domicílios (chegando a 73% no Acre) não tinham os serviços básicos. Já no Sudeste, apenas 14,8% não contavam com os serviços.
Nesse caso, foram considerados carentes os moradores de casas cujo abastecimento de água não era realizado por rede geral; com descarte sanitário não realizado por rede coletora de esgoto ou fossa séptica; sem coleta de lixo direta ou indireta; ou,