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425 palavras
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O tesouroEra uma vez uma família pobre que vivia numa pobre e velha cabana á beira-mar. Zé Mário, o patriarca, pescador desde os seus dezasseis anos, vivia com a Maria, a sua mulher, e os seus dois filhos, Gervásio e Felisberto. Zé Mário, apelidado de “Zé Mário o amigável”, tinha apenas quarenta e sete anos, era alto como um mastro, a face queimada do sol, barba comprida e ondulada, e olhos de um azul safira. Os seus pés descalços pareciam escutar o chão que pisavam. Era muito bondoso e um verdadeiro chefe de família. Num dia de sorte, em que o cheiro nu da maresia e o perfume limpo do mar enchiam ar, ele navegou com o seu aconchegador e pequeno barco e dois dos seus fieis, brincalhões, engraçados e destemidos habituais companheiros até alto mar. Como sempre fazia quando lá ia, lançou, várias vezes, o isco da sua cana de pesca, que permitiria, mais uma vez, a sobrevivência da sua humilde família. Até que, a certa altura, sentiu que tinha capturado algo estranho e sobrenatural, aparentemente impossível de puxar, exclusivamente pela vontade e forças humanas. Mesmo assim, não desistiu e demorou algum tempo até conseguir alcançar a “presa”, não um gigante peixe, mas antes um pesado e misterioso baú. Curioso, abriu-o, com um bocado de receio do que lá pudesse conter, de seguida, e nele encontrou um autêntico tesouro onde brilharam imensas moedas de ouro e joias. Zé Mário começou a derramar lágrimas de alegria, pois estavam abertas as portas do conforto económico e consequentemente da tão desejada, merecida e completa felicidade! Algum tempo depois, quando voltou a terra, chegou a casa e não hesitou em revelar á família a sua preciosa e inesperada descoberta. A partir de então, abandonou a pobreza e a melhoria efetuada na sua já degradada cabana permitiu que todos vivessem de forma mais humana e digna. E apesar de agora ser detentor, de uma fortuna que lhe chegaria para a vida inteira, o pescador achou por bem poupar para, um dia mais tarde, poder ajudar os seus