Hotel R
Hotel Rwanda, é o título do filme que retrata uma das maiores atrocidades no que diz respeito ao genocídio, acontecido em Kigali, capital da Ruanda. A personagem principal, Paul Rusesabagina, luta até ao fim para manter a sua dignidade, a proteção do seu povo, família, hotel onde trabalha, onde desde já, convém referir, que mostra sempre deter uma ética profissional e humana intocável. É de coragem, tendo em conta, que manter estes valores, esta luta, num cenário tenebroso, macabro, como o da chacina que estava por lá acontecer, entre as duas raças/tribos, Hutu e Tutsi, quem pertencesse a esta última que referi, seria para aniquilar, por uma diferença ligeira na cor da pele, nas formas físicas e claro por questões também elas de política, aliás como sempre. Questões de poder, de quem vai governar, de quem vai se sobrepor, quem vai reinar, ao longo da história mundial, temos imensas guerras, instituições, nomes, manchadas ainda hoje de sangue, pelo passado que trazem nas suas mãos em nome do poder, religião, política.
Regressando, ao “cenário”, do filme, imaginando toda a tragédia em seu redor, não foi obviamente fácil para Paul, manter-se até ao fim digno de si mesmo, antes de mais nada e mesmo assim ajudando todos à sua volta. Fossem eles de que raça fosse. É de louvar a atitude do senhor, é impossível não se ficar sensível a tamanha coragem e sensatez por parte desta personagem. Importante ter em conta também que a personagem Paul, é Hutu e a sua mulher é Tutsi. Paul, teve formação na Bélgica para administrar o hotel quatro estrelas “Mil Colinas”, é neste mesmo hotel, onde tenta proteger a população Tutsi, enquanto tenta subornar ou negociar com o que pode, com os genreais e comandantes da tribo Hutu, à qual pertence e renega completamente aquela guerra sem sentido, cheia de racismo e uma afronta aos direitos humanos. É deste hotel, onde mantém contacto e negociações com as Nações Unidas e telefonicamente com a Bélgica.