Hotel cassina
Problemática
O imóvel que abrigou o Hotel Cassina e, posteriormente, o Cabaré Chinelo, localiza-se na Rua Bernardo Ramos no. 295, no centro antigo, foi considerado um bem que integra o Patrimônio Cultural de Manaus, tendo sido incluído no Decreto da Prefeitura Municipal de Manaus, sob o no. 7.176, de 10/01/2004, como Unidade de Preservação do 1º. Grau.
O prédio tem como características: a representatividade da Manaus Belle Époque; com predominância da cor vermelha, com o branco nos ornamentos do edifício, possui algumas linhas circulares inspiradas nos arcos abaulados, o seu estilo é eminentemente eclético.
Este magnífico prédio foi construído em 1899 e, segundo os historiadores, o nome do hotel foi em homenagem ao seu proprietário, o italiano Adréa Cassina. Passou por momentos de glória no período áureo da borracha – depois com a débâcle (ruína dos seringalistas e toda a cadeia que envolvia a produção da borracha), foi rebaixado para a condição de Pensão, passando, posteriormente, para Cabaré Chinelo, no sentido pejorativo de quinta categoria e, finalmente, para a condição de um prédio abandonado, em ruínas.
Na época do fausto, o cassino era utilizado pelos barões da borracha, onde apostavam grandes fortunas, era um espaço de diversão das elites, um conjugado de “dancing”, bordel e cassino - a prostituição corria solta, com belas mulheres “cocotes” francesas e polonesas, bebiam conhaque, champanhe e vinhos finos, com tudo do bom e do melhor! Belos tempos!.
O prédio tem uma significação bastante grande para a nossa história, tanto que o autor amazonense Alberto Nunes Lopes, escreveu o livro “Cabaré Chinelo” - "O livro reconstrói o cotidiano do Hotel Cassina, onde se divertiam os barões da borracha e ocorreram muitas histórias que ficaram registradas no imaginário popular, recrio na ficção a vida do cabaré que era frequentado pelos altos barões da borracha", explica o autor.
O imóvel pertence a particulares, porém,