Homem máquina: a ciência manipula o corpo / organizador adauto novaes – são paulo: companhia das letras, 2003. cap. 1: a ciência no corpo – adauto novaes
Ele descreve sobre a ciência e o corpo, como a relação entre ambos se estreita e se aglutinam dando origem a grandes questionamentos e reflexões filosóficas que nos remeta a questão existencial do ser. Estes debates nos levam a voltar os olhos para a sociedade do séc. XXI e seus conceitos já formados referentes aos temas citados acima, levando em consideração principalmente o espírito consumista e a intensa sensação do poder ter, do controlar que é tão visada pelo homem.
Focando se na obra, a um momento em que Adauto diz que nosso corpo não é mais visto como algo natural, pertencente a nós, mas sim uma composição criada pelos outros, eles quer nos conscientizar que a partir do momento que pensamos nosso corpo como algo que deve funcionar de uma forma pré determinada, deixamos de lado a própria essência do ser, e nos tornamos seguidores de uma ideologia de uma conhecimento fictício, que não busca apenas o saber, mas o saber para poder controlar e transformar. Ao escrever ciência no corpo ele diz subjetivamente que procuramos por algo que não é necessário somente por uma auto-satisfação. Este desejo é tão grande que nos faz mexer no que temos de mais importante. O homem se viola e se transforma em produto a para ter o prazer de gerir a si mesmo dispensando as leis naturais da vida.
Pode se concluir a partir do conteúdo da obra é que o homem tem a necessidade de ser dono de si, e não pretende estar a mercê de uma força maior, que neste caso não seria Deus, e sim a natureza que independentemente de sua vontade é que o determina como ser biológico.
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE DIREITO