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O estudo das poesias de Cecília Meireles permitiu o estudo de algumas particularidades expressivas de sua obra, ressaltando-se a presença marcante da subjetividade em seu estilo. Num momento decisivo para o Modernismo, a obra ceciliana parece sustentar as marcas do etéreo e do atemporal, do particular (o espiritualismo da autora, por exemplo) e do universal (a própria poesia).Esta subjetividade é universal, visto que os poemas parecem refletir no papel as dores e as angústias de toda a humanidade.
Além disso, Cecília Meireles nos faz refletir sobre existência, tão efêmera, traduzida por ela, que faz uso de imagens sensoriais para a visualidade poética de seus temas.
O vocabulário utilizado é simples, assim como a sintaxe, apesar de ser notória a vasta cultura da poetisa. Mas, mesmo simples, é repleto de simbolismo, no qual o leitor deve ater - se aos detalhes que compõem o grande fio que liga as palavras e os vários sentidos sugeridos no texto.
Geralmente, o ritmo dos poemas estudados é lento e suave, indicando também como a poetisa era delicada ao “criar” a representação do som de suas “letras”. Em algumas passagens o ritmo é acelerado, mas a suavidade não desaparece.
A natureza metaforiza a nossa condição de humanos, portanto efêmeros, mas eternos, devido a associação que se faz indiretamente com Deus.
A análise estilística, em todos os seus níveis (semântico, fônico, sintático, morfológico e lexical e mesmo rítmica), vem mostrar a sua importância para a compreensão do estilo de Cecília Meireles e a necessidade de ir além da gramática tradicional, que, às vezes, não consegue responder as nossas indagações sobre a inquietante imaginação poética.
A estilística também está presente não só em poesias, mas em todos os tipos de texto. É verdade que por não ter havido divulgação, há alguns anos atrás, alguns professores de Língua Portuguesa sentiram dificuldade em reconhecê-la. Porém, este quadro, atualmente, tem mudado devido a