hjxbajbjbjcx
361 palavras
2 páginas
ajfbK CNBCKJ\ JLB VJ\BVJ\JNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN-NNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN-
NNNNNNNNNNN O reconhecimento da função social do velho, em certa medida, vem determinar a presença ou a ausência de uma relação mais significativa entre os membros da família, em que entre o afeto e as ações decorrentes dele, como a intimidade e o diálogo. O aniversariante de “Noventa e três” paira pela festa, sem encontrar outro lugar, que não seja sua cadeira de balanço, nem algum interlocutor com quem estabeleça uma conversa de mais de duas frases. O tempo lhe parece fugidio e entre as perguntas que faz para tentar reconhecê-lo, escuta a mesma resposta: noventa e três. Se o número representa sua idade ou o ano presente, ele não sabe. Confuso, sua tentativa de esclarecimento é em vão, porque a resposta de vários dentre os presentes, sempre igual, é como uma voz monocórdia: noventa e três. Isolado em suas dúvidas e silenciado na sua insegurança, o velho remete seu pensamento aos seus dois insólitos “amigos”, feitos na rua em meio à despretensão dos fortuitos encontros. Amigos com os quais o seu discurso permanecerá imerso no isolamento. Afinal, que diálogo trava-se com um gato? Ou que seriedade comporta a conversa com um menino de rua, cuja expectativa pela chegada do outro traz a intenção de apalpar seus bolsos e sua carteira a fim de tomar suas posses? Sobre a importância do discurso, diz Ecléa Bosi: “O instrumento decisivamente socializador da memória é a linguagem. Ela reduz, unifica e aproxima no mesmo espaço histórico e cultural a imagem do sonho, a imagem lembrada e as imagens da vigília atual” (BOSI, 1983, p. 18). É o que ocorre com o avô de “Nas águas do tempo”, profuso, mesmo quando em silêncio, pois “era dos que se calam por saber e conversam mesmo sem nada falarem” (COUTO, 1996, p. 9). Sua capacidade dialógica é tão extensa que seus interlocutores tanto estão no mundo físico, com